Lúpus pode “parecer” com distúrbios neurológicos

lúpus

O lúpus e outras doenças reumatológicas podem se apresentar, inicialmente, como distúrbios neurológicos, tais como dores de cabeça e convulsões, e, assim, retardar o seu diagnóstico por muitos meses, defende um artigo publicado na revista Current Neurology and Neuroscience Reports. Além disso, os tratamentos para as doenças reumáticas podem causar efeitos neurológicos adversos, alerta os pesquisadores. As doenças reumatológicas incluem desordens autoimunes e inflamatórias das articulações e dos tecidos moles, tais como lúpus, vasculite sistémica e espondilose anquilosante. “O lúpus pode causar problemas cardíacos que levam a acidentes vasculares cerebrais. Mais da metade dos pacientes com lúpus sofre com dores de cabeça, e um terço sofre com enxaquecas. Cerca de 1,5% relata a ‘dor de cabeça do lúpus’, definida como uma dor de cabeça persistente, grave e intratável que não responde aos medicamentos narcóticos. Cerca de 20% dos pacientes com lúpus apresentam convulsões  e uma outra disfunção cognitiva. Cerca de 20% dos pacientes com lúpus experimentam transtornos de humor. ‘A psicose do lúpus’ pode incluir paranoia e ouvir vozes, o que pode ser confundido com a esquizofrenia”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Pacientes com vasculites sistêmicas podem experimentar distúrbios neurológicos, como dores de cabeça, convulsões e neuropatias ópticas. “Um terço desses pacientes terá prejuízos neurológicos residuais e vai exigir um tratamento a longo prazo para suprimir seu sistema imunológico”, informa o médico. Segundo Lanzotti, “pacientes com espondilite anquilosante  podem sentir dores de cabeça, no cerebelo e no tronco encefálico, além de apresentarem alterações cognitivas, convulsões e neuropatia craniana”, diz. As doenças reumáticas, assim como as síndromes neurológicas, podem representar desafios diagnósticos. Os medicamentos para pacientes com doenças reumáticas incluem drogas imunossupressoras e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides. Novos medicamentos têm expandido as opções de tratamento. “No entanto, estes tratamentos também carregam um risco de efeitos adversos neurológicos. Portanto, a familiaridade com manifestações neurológicas nas doenças reumatológicas é fundamental para o diagnóstico e para as consequências potenciais do tratamento  sobre o sistema nervoso”, avisa o reumatologista.

Prevenção da osteoporose: mais frutas e vegetais

prevenção da osteoporose

A pesquisa mais recente da Universidade de Surrey descobriu que os sais de potássio (bicarbonato e citrato), abundantes em frutas e vegetais, desempenham um papel importante na prevenção da osteoporose. Pela primeira vez, os resultados também mostraram que os sais de potássio reduzem a reabsorção do osso, processo pelo qual o osso é dividido, aumentando assim a sua resistência. “O estudo, publicado no Jornal Internacional de Osteoporose, também revelou que o consumo elevado de sais de potássio reduz significativamente a excreção de cálcio e de ácido na urina. Isso significa que o excesso de ácido é neutralizado e a saúde mineral óssea é preservada”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Segundo o médico, o ácido em excesso no corpo, produzido como resultado de uma dieta típica Ocidental, rica no consumo de carne e de proteínas de cereais, faz com que os ossos enfraqueçam e fraturem. O novo estudo mostra que estes sais podem prevenir a osteoporose, os resultados mostram uma redução na reabsorção óssea. “Embora a reabsorção óssea e a formação óssea sejam processos naturais, permitindo que os ossos se regenerem, cresçam novamente e se curem, quando a pessoa tem osteoporose, este equilíbrio é prejudicado, e os ossos são divididos e não regenerados, levando à fragilidade e fraturas”, explica o reumatologista. A osteoporose é uma doença debilitante que afeta quase três milhões de pessoas no Reino Unido. Uma em cada duas mulheres e um em cada cinco homens com idade superior a 50 anos irá quebrar um osso devido à má saúde óssea. “Este estudo mostra que comer mais frutas e legumes pode ser uma forma de melhorar a força dos ossos e prevenir a osteoporose”, defende o médico.

Gota: internações seriam evitáveis?

gota

Um melhor atendimento clínico poderia impedir a maioria dos casos de gota que requerem hospitalização, de acordo com os resultados de pesquisas apresentadas durante o ACR 2014. “A gota é uma doença crônica que envolve inchaço, dor e vermelhidão nas articulações. A doença geralmente ataca as articulações dos tornozelos e dos pés, especialmente do dedão do pé. Ocorre quando o excesso de ácido úrico acumula-se no corpo e os cristais de urato se depositam nas articulações. Isto pode acontecer devido a um aumento na produção de ácido úrico, ou mais frequentemente, quando os rins não conseguem remover o excesso de ácido úrico do corpo”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Para chegar às conclusões apresentadas, os pesquisadores analisaram dados retrospectivos em 56 pacientes internados em num hospital americano com o diagnóstico primário de gota, entre 2009-2013. O objetivo era determinar quantas dessas internações seriam evitadas com melhores intervenções e manejo clínico. A prevenção de hospitalizações por gota também poderia reduzir os custos com os cuidados de saúde. Os pesquisadores definiram uma internação hospitalar como evitável quando o paciente já tinha o diagnóstico primário de poliartrite, e posteriormente era diagnosticado como gota, durante a internação, sem nenhuma outra doença concomitante durante a internação. Eles também analisaram as características demográficas, incluindo o diagnóstico clínico na admissão, história prévia de gota, possíveis fatores de risco para a gota (como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica e uso de diurético, uso de aspirina em baixas doses), medicamentos para  gota, níveis séricos de ácido úrico dentro de um ano antes da internação, tempo de doença reumática, procedimentos cirúrgicos realizados e  custos de hospitalização. Segundo os autores do estudo, na Reumatologia, o paciente recorre muito ao atendimento de emergência, por isso surgiu a hipótese de que muitas destas internações por gota eram desnecessárias. Como o paciente busca muitas vezes a emergência, em vez de ir ao consultório do seu reumatologista, em busca do alívio imediato da dor, isso fazia a internação ser a decisão mais apropriada. “Os autores do estudo defendem que os resultados podem estimular o interesse em um esforço de todo o sistema para criar uma iniciativa de melhores cuidados em relação à gota. É preciso uma abordagem multifacetada para melhor lidar com este problema”, explica o diretor do Iredo. Das 56 internações por gota estudadas, os pesquisadores descobriram que 50 (89%) preencheram a definição do estudo de internação evitável. Os diagnósticos clínicos incluíram 76% artrite séptica, 14% poliartrite inflamatória e 8% celulite. Das 50 internações evitáveis, 33 pacientes foram submetidos à artrocentese, 24 dos quais foram realizados na emergência. Trinta e cinco (70%) dos pacientes tinham história prévia de gota, e 21 (42%) tinham três ou mais fatores de risco para a gota. Dos 35 pacientes com história prévia de gota, 74% eram acompanhados por seu médico de cuidados primários, e 26% estavam sendo acompanhados por um reumatologista. Dos 26 pacientes tratados por médicos de família, oito (31%) faziam terapia de redução de urato e cinco (19%) estavam em profilaxia de colchicina. Havia 23 pacientes cujos níveis séricos de ácido úrico foram registradas no prazo de um ano da sua hospitalização, e 18 (78%) destes pacientes não atingiram a meta de <6 mg / dL. Dos 15 pacientes em tratamento de gota, a longo prazo, 33% eram não-conformes com os seus planos de tratamento. Três pacientes no estudo foram submetidos a procedimentos ortopédicos, incluindo uma amputação do dedo do pé e dois debridamentos artroscópicos, e subsequentemente foram diagnosticados como tendo gota. “Os autores do estudo concluíram que 89% das hospitalizações com diagnóstico primário de gota eram evitáveis. Eles notaram várias lacunas importantes nos cuidados clínicos e observaram que as pessoas com gota incorrem em custos de saúde desnecessários e dispendiosos na sala de emergência, além de despesas de cuidados de admissão evitáveis”, destaca Sergio Lanzotti. [/et_pb_text][/et_pb_column] [/et_pb_row] [/et_pb_section]

Atrite reumatoide: fatos sobre a doença

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A artrite reumatoide impede a realização de exercícios físicos No passado, as pessoas com artrite reumatoide eram muito magras, pois acreditava-se que  os exercícios físicos provocavam  mais danos às articulações e atrofiavam ao músculos. Além disso, acreditava-se também que a inflamação crônica associada com a artrite reumatoide provocava perda de peso e perda de apetite. “Hoje, sabemos que os medicamentos antiinflamatórios e os exercícios físicos fazem parte do tratamento, portanto, ter artrite não significa ter uma aparência franzina. Realizar o exercício físico pode ser difícil (se não impossível) durante uma crise, mas de modo geral, a atividade física geralmente ajuda no tratamento e não agrava o estado dos pacientes com a doença”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, (CRM-SP 60.377), diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares. Fumar pode desencadear a doença Fumar é o gatilho ambiental mais bem compreendido e pode desempenhar um papel importante em um terço dos casos graves de artrite reumatoide, incluindo mais de 50% dos diagnósticos da doença entre as pessoas que são geneticamente suscetíveis a ela. “Os fumantes que têm uma variante genética conhecida como epítopo compartilhado têm um risco dez vezes maior de desenvolver artrite. Nós sabemos que fumar provoca doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer e muitas outras doenças, mas para alguns, a ligação entre o tabagismo e a artrite reumatoide é uma surpresa”, diz o reumatologista. A artrite reumatoide risco varia segundo a geografia Quanto mais longe da linha do Equador, maior é o risco de artrite reumatoide. Viver em uma latitude mais elevada no início da vida – entre 15-30 anos – parece ser mais arriscado do que em outros momentos. “Em um estudo de 2010, realizado com cerca de 10.000 mulheres, o risco da doença foi maior para aquelas que viviam no nordeste e no centro-oeste dos Estados Unidos, em comparação com mulheres que viviam a oeste das Montanhas Rochosas. Os autores destacaram que o risco de artrite aumenta nas latitudes superiores devido à falta de luz solar bem como a outros fatores ambientais”, afirma Lanzotti. A vitamina D pode estar ligada ao risco de desenvolver artrite Um estudo de 2004 acompanhou mais de 29 mil mulheres e descobriu que aquelas com a menor ingestão de vitamina D apresentavam maior risco de desenvolver artrite. “Não está provado que a vitamina desempenha um papel no aparecimento da doença. No entanto, o efeito protetor da vitamina D poderia explicar porque as pessoas que vivem em latitudes mais altas – recebendo menos luz solar e produzindo menos vitamina D, em geral – parecem estar em maior risco de desenvolver artrite reumatoide. Outras doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, também têm sido vinculadas a déficits de vitamina D”, conta o médico. A poluição provocada pelo excesso de tráfego pode desempenhar um papel importante Partículas microscópicas geradas pela poluição podem ser inaladas profundamente pelos pulmões e podem estar relacionadas com a inflamação provocada pela artrite. “Pesquisadores de Harvard realizaram um estudo em 2009 com mais de 90 mil mulheres norte-americanas para analisar a relação entre artrite e poluição do tráfego. Eles descobriram que as mulheres que viviam muito próximas de uma grande estrada apresentavam um maior risco de desenvolver artrite reumatoide em comparação com aquelas que viviam mais longe”, conta o diretor do Iredo. A artrite  está em ascensão entre as mulheres A artrite  está em alta entre as mulheres americanas, pela primeira vez, em 40 anos, de acordo com um estudo de 2010 de pesquisadores da Clínica Mayo. Eles descobriram um aumento de 2,5% nas taxas de artrite reumatoide entre as mulheres, entre 1995 e 2007, enquanto as taxas entre os homens caíram durante esse período. “Não está claro o porquê, mas os pesquisadores especulam que isso pode ser devido ao tabagismo (mulheres não deixam de fumar tão rapidamente quanto os homens); pílulas anticoncepcionais com baixa de estrógeno (o hormônio poderia ser protetor), e, possivelmente, mais deficiências de vitamina D”, diz o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti. A história da artrite reumatoide é obscura Nunca foi registrado um caso de artrite reumatoide em múmias e não há nenhuma evidência de que ela existia no Velho Mundo, antes de Cristóvão Colombo descobrir a América em 1492. “Isso sugere que a doença pode ser causada por um fator ambiental, mas isso nunca foi provado”, observa o reumatologista. Depressão e artrite caminham juntas “Isso provavelmente está relacionado com a dor da artrite reumatoide e o estresse associado a viver com uma doença crônica. Além disso, níveis elevados da proteína inflamatória do fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) no sangue são associados com a depressão, por isso é possível que a inflamação que provoca a artrite reumatoide também provoque a depressão”, explica Lanzotti. A artrite  favorece o aparecimento de outras doenças autoimunes “As pessoas com artrite reumatoide apresentam fatores de risco genéticos que as tornam suscetíveis a diversas doenças autoimunes. Doenças autoimunes da tireoide e síndrome de Sjögren são particularmente mais comuns em pessoas com artrite reumatoide”, afirma o médico. Gravidez afeta os sintomas da artrite reumatoide Algumas doenças autoimunes, incluindo a artrite reumatoide e o lúpus, apresentam uma melhora de seus sintomas durante a gravidez. “A artrite, muitas vezes, entra em remissão durante a gravidez. Algumas estatísticas mostram que até 75% das mulheres com artrite reumatoide vai entrar em remissão a partir do segundo mês de gravidez. A gravidez pode fazer com que o sistema imunológico hiperativo se comporte de outra maneira, além de aumentar a produção de alguns hormônios que têm efeitos protetores durante a gestação”, explica o diretor do Iredo. A artrite pode aumentar o risco de ataque cardíaco “A artrite é um fator de risco independente para ataques cardíacos, mesmo quando o nível de colesterol do paciente é normal, a pressão arterial é baixa e o paciente não tem diabetes. Se a doença está ativa, o  risco de ataque cardíaco é triplicado. A inflamação sistêmica, que é uma característica da artrite reumatoide, é a provável culpada desse fato”, observa o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti. Artrite e diabetes: uma relação complicada

Doença autoimune: informações importantes

doença autoimune

Viver com uma doença crônica pode ser bastante difícil, viver com uma doença autoimune pode ser ainda mais desafiador para o paciente. “Ainda altamente incompreendidas pelos profissionais de saúde e pelos pacientes, as doenças autoimunes são caracterizadas por sintomas nebulosos que podem dificultar o diagnóstico preciso. Os tratamentos variam, e, em alguns casos, exigem mudanças de hábitos e de comportamento”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Em um esforço para tornar a vida do portador de uma doença autoimune um pouco mais fácil, o médico lista, a seguir, sete importantes alertas sobre essas condições de saúde: 1. Doenças autoimunes provocam uma “guerra interna” no organismo do paciente. Todos nós temos um sistema imunológico, formado por células e órgãos que combatem os germes e “outros invasores”. “Em uma pessoa saudável, o corpo imediatamente entende a diferença entre as suas próprias células e as células estranhas, contra as quais é preciso lutar. Em pessoas com uma doença autoimune, o sistema imunitário falha e faz com que as células normais sejam atacadas. O resultado é um ataque equivocado ao próprio corpo, o que pode afetar qualquer órgão e função do corpo”, explica Lanzotti. 2. Existem mais de 80 tipos de doenças autoimunes. Dentre as mais conhecidas estão: artrite reumatoide, lúpus, doença celíaca, doença de Crohn, endometriose, síndrome de Guillain-Barre, narcolepsia e psoríase. 3. As doenças autoimunes são relativamente comuns. As estimativas americanas apontam que mais de 23 milhões de americanos são afetados por uma doença autoimune. Isso é aproximadamente o mesmo contingente de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2. Mas a Associação Americana de Doenças Autoimunes (AARDA) estima que o número possa estar mais perto de 50 milhões de americanos. “Doenças autoimunes específicas, por outro lado, podem ser extremamente raras. Por exemplo, os tipos de vasculite, doença autoimune, podem afetar apenas 200.000 pessoas nos EUA, hoje”, diz o diretor do Iredo. 4. Elas podem ser genéticas. Há evidências que sugerem que os membros de uma mesma família são mais propensos a desenvolver as mesmas (ou similares) doenças autoimunes. “Mas somente os genes não explicam o quadro complexo dessas doenças. É provável que os fatores ambientais e mesmo as infecções desempenhem um papel no desencadeamento de uma doença autoimune numa pessoa com uma predisposição genética”, explica o reumatologista. 5. Doenças autoimunes não são alergias. Os sintomas de doenças autoimunes são, por vezes, confundidos com reações alérgicas. E, embora haja alguma evidência que liga uma predisposição genética para ambas as condições: alergias e doenças autoimunes, sugerindo ainda que as alergias podem provocar doenças autoimunes, as duas são condições totalmente diferentes. “A doença celíaca é um claro exemplo: uma pessoa com alergia ao trigo e uma pessoa com doença celíaca seriam tratadas de forma semelhante. Ambas irão remover o glúten de suas dietas. Mas, o corpo de uma pessoa com alergia ao trigo não está atacando o próprio organismo. Essa pessoa não apresenta risco de dano intestinal, deficiências nutricionais e outros riscos associados à doença celíaca, como alguns tipos de cânceres gastrointestinais”, diz o diretor do Iredo. 6. Pode-se levar anos de tentativa e erro para se chegar ao diagnóstico. Como muitas doenças autoimunes afetam vários órgãos, os sintomas podem ir e vir. Assim, essas condições podem ser de difícil diagnóstico, mesmo para especialistas em reconhecê-las e tratá-las. “Na maioria dos casos, não há um único teste ou exame que o médico possa solicitar para confirmar um diagnóstico. É preciso realizar vários exames, sugerir um diagnóstico e excluir outros. Não é incomum para alguém com uma doença autoimune receber outro diagnóstico, em primeiro lugar, ou ser informado de que seus sintomas são apenas devido ao estresse”, observa Sergio Lanzotti. 7. Síndrome da fadiga crônica e fibromialgia não são doenças autoimunes.  Ambas as condições são frequentemente classificadas como tal, uma vez que partilham muitos sintomas comuns com as doenças autoimunes, mas tecnicamente essas condições não são doenças autoimunes. “Assim como as doenças autoimunes, a fibromialgia e a síndrome da fadiga crônica podem ser ainda menos compreendidas pelos médicos. No entanto, pessoas com fibromialgia e com fadiga crônica podem apresentar também doenças autoimunes associadas”, diz o reumatologista. [/et_pb_text][/et_pb_column] [/et_pb_row] [/et_pb_section]

Saúde óssea pode ser afetada pela dieta

saúde óssea

Perder peso tem um efeito positivo indiscutível, mitigando os riscos à saúde e melhorando o bem-estar geral. Mas dietas podem levar mais que quilos extras. Há evidências de que as dietas mal conduzidas também podem afetar a saúde óssea. Um estudo da Universidade de Rutgers revelou alguns resultados preocupantes sobre a saúde óssea. Depois de apenas seis semanas, os ossos das mulheres em uma dieta de perda de peso não absorviam mais cálcio do que os de mulheres que não estavam fazendo dieta, embora as mulheres em dieta tomassem um suplemento adicional diário de cálcio de 1.000 mg. Uma vez que estas mulheres eram pós-menopausadas, os pesquisadores sugeriram que a dieta em si pode tornar as mulheres mais velhas mais vulneráveis a fraturas. Uma vez que muitos planos de perda de peso não enfatizam a necessidade de consumir produtos lácteos ricos em cálcio, a resposta óbvia para a prevenção do enfraquecimento dos ossos é tomar um suplemento de cálcio. Afinal de contas, não foi dito às mulheres, por anos, que os suplementos são uma fonte segura de cálcio, especialmente para pessoas que não podem comer produtos lácteos (como veganos ou pessoas que não gostam de alimentos que vêm do leite)? Agora, parece que os suplementos de cálcio estão “fora de moda” e que os alimentos ricos em cálcio estão na crista da onda… Recentemente, o The New York Times, em sua seção de Ciência, promoveu uma reflexão sobre as últimas informações sobre os benefícios e riscos da suplementação de cálcio.  O jornal publicou o resultado de uma meta-análise de 130 estudos sobre o emprego da suplementação de cálcio e de vitamina D na prevenção de fraturas ósseas. A conclusão? Esses suplementos não são capazes de fazer isso!  Isso porque aparentemente o cálcio dos alimentos é mais eficaz na promoção da saúde óssea do que o cálcio tomado como um suplemento. Além disso, algumas pesquisas  já tinham apontado para uma ligação entre os suplementos de cálcio e um aumento do risco de ataques cardíacos. “Esta informação de que os suplementos de cálcio não são tão confiáveis como os alimentos na manutenção da saúde óssea remove a rede de segurança de muitas mulheres. Isto é especialmente verdadeiro para as que fazem dieta para emagrecer, porque elas poderiam ingerir comprimidos de cálcio confiantes de que estariam recebendo o suficiente deste mineral vital, mesmo sem consumir produtos lácteos, visando eliminar algumas calorias”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Então agora o que essas mulheres devem fazer? A primeira coisa é saber o quanto de cálcio elas devem ingerir diariamente.  Mulheres e homens com menos de 51 anos precisam 1,000 mg por dia. As mulheres precisam de mais 200 mg, a partir dos 51 anos, quando sua ingestão diária deve ser de 1.200 mg. Assim, quem faz dietas para emagrecer, principalmente as mulheres, não deve se descuidar da ingestão adequada de cálcio. A seguir, o diretor do Iredo faz algumas observações úteis que devem ser levadas em conta por quem está fazendo uma dieta para emagrecer: Uma pessoa não deve comer mais do que 500 mg de cálcio em uma refeição, porque essa é a quantidade máxima que o corpo pode processar por ingestão; A luz do sol e outras fontes de vitamina D são necessárias para a absorção do cálcio pelo organismo. Se a pele não é exposta à luz do sol, que fabrica a vitamina D, é melhor tomar um suplemento ou consumir alimentos fortificados com vitamina D (óleo de fígado de bacalhau é a melhor fonte); A cafeína, no café e no chocolate, bem como as bebidas energéticas cafeinadas e os refrigerantes aumentam a perda de cálcio do corpo; Só porque um alimento contém cálcio não significa que ele será absorvido pelo organismo. Cereais integrais, amendoim, soja e vegetais verdes folhosos, como espinafre, contêm compostos que aderem ao cálcio e previnem a entrada do mineral no corpo, dependendo da maneira que forem oferecidos. O tofu, que é o queijo feito a partir da soja, irá produzir cálcio somente se for  processado com sulfato de cálcio e Nigari FYI. Nigari é o nome japonês para o cloreto de magnésio; Leia os rótulos dos alimentos. De que outra forma uma pessoa pode decidir entre leite de vaca, soja, amêndoa e arroz? Todos eles variam em teor de cálcio e calorias. Algumas destas bebidas lácteas são agora enriquecidas com mais cálcio do que eram há alguns anos atrás. Muitos alimentos que normalmente são livres de cálcio, como o suco de laranja e os cereais, agora também são fortificados com esse mineral.  Se uma pessoa acrescentar suco de laranja ao cereal matinal, poderá consumir a maior parte do cálcio que ela precisa no café da manhã; Necessidades de conveniência e de cálcio podem entrar em conflito. Nem todos os alimentos ricos em cálcio se encaixam no estilo de vida de todos. E a dieta limita ainda mais o que uma pessoa pode comer. Couve e hambúrgueres de tofu podem não ser os alimentos que uma pessoa deseja preparar quando voltar do trabalho tarde da noite, então é preciso ter alternativas disponíveis.  Queijo cottage, iogurte e ricota desnatados são fontes de cálcio de baixa caloria e podem ser misturados em massas e sopas. Mariscadas de peixe à base de leite são uma excelente fonte de cálcio e, se preparadas com leite sem gordura ou de baixo teor de gordura, podem facilmente se encaixar num plano dietético de baixas calorias. Lasanha com camadas de queijo ricota ou queijo cottage, com baixo teor de gordura, podem ser congeladas em porções apropriadas para as refeições e aquecidas para um jantar rápido. E se a pessoa pode consumir um pouco mais de calorias, meia xícara de iogurte grego congelado fornece 15% das necessidades diárias de cálcio (cerca de 150 mg de cálcio). “Mesmo que a dieta deixe a mulher vulnerável à perda óssea e as fraturas, se ela tomar as precauções dietéticas que listamos, anteriormente, ela terá um efeito benéfico na