Prevenção da osteoporose: mais frutas e vegetais

prevenção da osteoporose

A pesquisa mais recente da Universidade de Surrey descobriu que os sais de potássio (bicarbonato e citrato), abundantes em frutas e vegetais, desempenham um papel importante na prevenção da osteoporose. Pela primeira vez, os resultados também mostraram que os sais de potássio reduzem a reabsorção do osso, processo pelo qual o osso é dividido, aumentando assim a sua resistência. “O estudo, publicado no Jornal Internacional de Osteoporose, também revelou que o consumo elevado de sais de potássio reduz significativamente a excreção de cálcio e de ácido na urina. Isso significa que o excesso de ácido é neutralizado e a saúde mineral óssea é preservada”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Segundo o médico, o ácido em excesso no corpo, produzido como resultado de uma dieta típica Ocidental, rica no consumo de carne e de proteínas de cereais, faz com que os ossos enfraqueçam e fraturem. O novo estudo mostra que estes sais podem prevenir a osteoporose, os resultados mostram uma redução na reabsorção óssea. “Embora a reabsorção óssea e a formação óssea sejam processos naturais, permitindo que os ossos se regenerem, cresçam novamente e se curem, quando a pessoa tem osteoporose, este equilíbrio é prejudicado, e os ossos são divididos e não regenerados, levando à fragilidade e fraturas”, explica o reumatologista. A osteoporose é uma doença debilitante que afeta quase três milhões de pessoas no Reino Unido. Uma em cada duas mulheres e um em cada cinco homens com idade superior a 50 anos irá quebrar um osso devido à má saúde óssea. “Este estudo mostra que comer mais frutas e legumes pode ser uma forma de melhorar a força dos ossos e prevenir a osteoporose”, defende o médico.

Fatores de risco para osteoporose: saiba mais!

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Em geral, os fatores de risco para osteoporose são influenciados pela idade, pelo gênero e pela origem étnica. Normalmente, quanto mais  idoso, maior é o risco de ter osteoporose. As mulheres são mais suscetíveis à perda óssea do que os homens. Entretanto,  embora as mulheres tenham mais chances de sofrer uma  fratura osteoporótica (devido à repentina perda óssea durante a menopausa), os homens também podem sofrer de osteoporose. Embora alguns fatores de risco não possam ser modificados  (fatores de risco “não- modificáveis”), você deve ser consciente de que fatores que influenciam na sua saúde. Os seguintes fatores  de risco são motivo para que você se submeta a uma avaliação da saúde dos seus ossos: História familiar  “A genética e o estilo de vida que você compartilha com a sua família e a dieta contribuirão para o seu pico de massa óssea e para o ritmo da perda óssea em idade avançada. Se um dos seus pais sofreu uma fratura, especialmente de quadril, você tem mais chances de ter osteoporose. Cerca de 20-25 % de todas as fraturas de quadril ocorrem em  homens mais velhos e os  homens têm uma maior probabilidade de ficar com uma deficiência e de morrer após uma fratura de quadril. A osteoporose também é mais comum em pessoas de origem europeia ou asiática, provavelmente por causa das diferenças na estrutura óssea e no pico de massa óssea”, afirma o  reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Fratura prévia  “As pessoas que já tiveram uma fratura osteoporótica têm quase  duas vezes mais possibilidades de ter uma segunda fratura, em comparação com pessoas que nunca sofreram fraturas. Qualquer pessoa que tenha sofrido uma fratura depois dos 50 anos deve fazer uma avaliação para verificar se tem osteoporose. Na maioria dos casos, será indicado um tratamento para prevenir prováveis futuras fraturas”, diz o reumatologista. Certos medicamentos Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que diretamente enfraquecem os ossos ou que aumentam o risco de fraturas provocadas por quedas. Os pacientes que tomem alguma das seguintes drogas devem consultar os seus médicos sobre o aumento nos riscos da saúde dos ossos: Glicocorticosteroides – por via oral ou inalados (por exemplo para asma, artrite); Certas drogas imunossupressoras (calmodulina/inibidores da fosfatase calcineurina); Tratamento hormonal para a tiroide (L-Tiroxina); Certos hormônios esteroides (acetato de medroxiprogesterona, hormônios agonistas liberadores de hormônio luteinizante); Inibidores de aromatase (utilizados em tratamentos de câncer de mamas); Certos antipsicóticos; Certos anticonvulsivantes; Certas drogas antiepiléticas; Lítio; Inibidores da bomba de Prótons. Hipogonadismo primário/secundário em homens “Homens jovens que sofrem de hipogonadismo com baixos  níveis de testosterona têm baixa densidade óssea, que pode  ser aumentada por meio de uma terapia de reposição de  testosterona. Em qualquer idade, o hipogonadismo agudo, como aquele resultante da orquiectomia, para o câncer da próstata,  acelera a perda óssea a um ritmo semelhante à perda sofrida por  mulheres menopáusicas. A perda óssea após uma orquiectomia  ocorre rapidamente durante vários anos e na maioria dos casos é  recomendável que se faça um tratamento para preveni-la”, orienta Sergio Lanzotti. Certos distúrbios médicos  Algumas doenças, assim como os medicamentos utilizados para tratá-las, podem enfraquecer os ossos e aumentar o risco de  fraturas. Entre as doenças e os distúrbios mais comuns que podem  colocar uma pessoa em risco, encontram-se: Artrite reumatoide; Problemas nutricionais/ gastrointestinais (Doença de Crohn etc.); Doença renal crônica; HIV; Doenças hematológicas/tumores malignos (inclusive cânceres de próstata e de mamas); Certas doenças hereditárias; Estados hipogonadais (Síndrome de Turner / Síndrome de Klinefelter, amenorreia etc.); Desordens endócrinas (diabetes, síndrome de Cushing, hiperparatiroidismo etc.). Menopausa/histerectomia  “Mulheres pós-menopáusicas e aquelas que já sofreram a retirada dos ovários ou que tiveram menopausa precoce antes dos 45 anos, devem prestar maior atenção à sua saúde óssea. A perda óssea acelerada se inicia depois da menopausa, quando o efeito protetor do estrogênio fica reduzido. Para algumas mulheres, uma terapia de reposição hormonal pode ajudar a reduzir o ritmo da perda óssea, quando iniciada antes dos 60 anos ou até 10 anos depois da menopausa”, orienta o diretor do Iredo.

Biológicos protegem contra a perda óssea

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Uma  revisão do Grupo de Trabalho sobre Inflamação Crônica e Estrutura Óssea da International Osteoporosis Foundation (IOF) concluiu que o tratamento precoce e agressivo da artrite reumatoide (AR) com fármacos biológicos, especificamente medicamentos antirreumáticos modificadores da doença biológica, podem ser eficazes na interrupção da perda óssea progressiva dos pacientes com AR. “A perda óssea é um dos efeitos mais prejudiciais induzidos pela inflamação crônica, bem como pelos medicamentos tomados para tratar a artrite reumatoide, como os glicocorticoides. Por isso é importante uma melhor compreensão sobre os medicamentos usados ​​para tratar pacientes com inflamações crônicas que tenham menos probabilidades de impactar negativamente a saúde óssea”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). A perda óssea progressiva da AR tem várias causas. O desenvolvimento da inflamação crônica tem impactos sobre o sistema imunológico e isso leva a sinais e sintomas que podem aumentar a perda óssea. “Anorexia, desnutrição, perda muscular, caquexia e depressão estão direta ou indiretamente relacionadas à inflamação crônica. A diminuição da capacidade funcional e a falta de exercícios associada à dor e às deformidades articulares contribuem ainda mais para a perda óssea progressiva”, destaca o reumatologista. O uso de corticosteroides, durante o tratamento  da AR, mesmo em pequenas doses de prednisona de 5mg / dia ou o equivalente, por mais de 3 meses, está associado à perda óssea rápida e persistente. Um estudo mostrou que o tratamento contínuo com prednisona a 10 mg / dia, durante 90 dias ou mais, aumentou o risco de fraturas vertebrais em 17 vezes e fraturas de quadril em 7 vezes. O Grupo de Trabalho concluiu que: “Embora vários estudos relatem ações favoráveis ​​de terapias biológicas sobre a proteção óssea, é claro que ainda há necessidade de mais estudos, pesquisas e aprofundamento sobre o risco de fraturas ósseas em pacientes com AR. Os autores do estudo, recomendam, apropriadamente que todos os médicos que tratem a AR permaneçam atentos ao alto risco de perda óssea e fraturas em seus pacientes. Para muitos desses pacientes de alto risco é importante que o tratamento da osteoporose seja feito, concomitantemente, para reduzir o risco de fratura”, destaca Sergio Lanzotti.

Saúde óssea pode ser afetada pela dieta

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Perder peso tem um efeito positivo indiscutível, mitigando os riscos à saúde e melhorando o bem-estar geral. Mas dietas podem levar mais que quilos extras. Há evidências de que as dietas mal conduzidas também podem afetar a saúde óssea. Um estudo da Universidade de Rutgers revelou alguns resultados preocupantes sobre a saúde óssea. Depois de apenas seis semanas, os ossos das mulheres em uma dieta de perda de peso não absorviam mais cálcio do que os de mulheres que não estavam fazendo dieta, embora as mulheres em dieta tomassem um suplemento adicional diário de cálcio de 1.000 mg. Uma vez que estas mulheres eram pós-menopausadas, os pesquisadores sugeriram que a dieta em si pode tornar as mulheres mais velhas mais vulneráveis a fraturas. Uma vez que muitos planos de perda de peso não enfatizam a necessidade de consumir produtos lácteos ricos em cálcio, a resposta óbvia para a prevenção do enfraquecimento dos ossos é tomar um suplemento de cálcio. Afinal de contas, não foi dito às mulheres, por anos, que os suplementos são uma fonte segura de cálcio, especialmente para pessoas que não podem comer produtos lácteos (como veganos ou pessoas que não gostam de alimentos que vêm do leite)? Agora, parece que os suplementos de cálcio estão “fora de moda” e que os alimentos ricos em cálcio estão na crista da onda… Recentemente, o The New York Times, em sua seção de Ciência, promoveu uma reflexão sobre as últimas informações sobre os benefícios e riscos da suplementação de cálcio.  O jornal publicou o resultado de uma meta-análise de 130 estudos sobre o emprego da suplementação de cálcio e de vitamina D na prevenção de fraturas ósseas. A conclusão? Esses suplementos não são capazes de fazer isso!  Isso porque aparentemente o cálcio dos alimentos é mais eficaz na promoção da saúde óssea do que o cálcio tomado como um suplemento. Além disso, algumas pesquisas  já tinham apontado para uma ligação entre os suplementos de cálcio e um aumento do risco de ataques cardíacos. “Esta informação de que os suplementos de cálcio não são tão confiáveis como os alimentos na manutenção da saúde óssea remove a rede de segurança de muitas mulheres. Isto é especialmente verdadeiro para as que fazem dieta para emagrecer, porque elas poderiam ingerir comprimidos de cálcio confiantes de que estariam recebendo o suficiente deste mineral vital, mesmo sem consumir produtos lácteos, visando eliminar algumas calorias”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Então agora o que essas mulheres devem fazer? A primeira coisa é saber o quanto de cálcio elas devem ingerir diariamente.  Mulheres e homens com menos de 51 anos precisam 1,000 mg por dia. As mulheres precisam de mais 200 mg, a partir dos 51 anos, quando sua ingestão diária deve ser de 1.200 mg. Assim, quem faz dietas para emagrecer, principalmente as mulheres, não deve se descuidar da ingestão adequada de cálcio. A seguir, o diretor do Iredo faz algumas observações úteis que devem ser levadas em conta por quem está fazendo uma dieta para emagrecer: Uma pessoa não deve comer mais do que 500 mg de cálcio em uma refeição, porque essa é a quantidade máxima que o corpo pode processar por ingestão; A luz do sol e outras fontes de vitamina D são necessárias para a absorção do cálcio pelo organismo. Se a pele não é exposta à luz do sol, que fabrica a vitamina D, é melhor tomar um suplemento ou consumir alimentos fortificados com vitamina D (óleo de fígado de bacalhau é a melhor fonte); A cafeína, no café e no chocolate, bem como as bebidas energéticas cafeinadas e os refrigerantes aumentam a perda de cálcio do corpo; Só porque um alimento contém cálcio não significa que ele será absorvido pelo organismo. Cereais integrais, amendoim, soja e vegetais verdes folhosos, como espinafre, contêm compostos que aderem ao cálcio e previnem a entrada do mineral no corpo, dependendo da maneira que forem oferecidos. O tofu, que é o queijo feito a partir da soja, irá produzir cálcio somente se for  processado com sulfato de cálcio e Nigari FYI. Nigari é o nome japonês para o cloreto de magnésio; Leia os rótulos dos alimentos. De que outra forma uma pessoa pode decidir entre leite de vaca, soja, amêndoa e arroz? Todos eles variam em teor de cálcio e calorias. Algumas destas bebidas lácteas são agora enriquecidas com mais cálcio do que eram há alguns anos atrás. Muitos alimentos que normalmente são livres de cálcio, como o suco de laranja e os cereais, agora também são fortificados com esse mineral.  Se uma pessoa acrescentar suco de laranja ao cereal matinal, poderá consumir a maior parte do cálcio que ela precisa no café da manhã; Necessidades de conveniência e de cálcio podem entrar em conflito. Nem todos os alimentos ricos em cálcio se encaixam no estilo de vida de todos. E a dieta limita ainda mais o que uma pessoa pode comer. Couve e hambúrgueres de tofu podem não ser os alimentos que uma pessoa deseja preparar quando voltar do trabalho tarde da noite, então é preciso ter alternativas disponíveis.  Queijo cottage, iogurte e ricota desnatados são fontes de cálcio de baixa caloria e podem ser misturados em massas e sopas. Mariscadas de peixe à base de leite são uma excelente fonte de cálcio e, se preparadas com leite sem gordura ou de baixo teor de gordura, podem facilmente se encaixar num plano dietético de baixas calorias. Lasanha com camadas de queijo ricota ou queijo cottage, com baixo teor de gordura, podem ser congeladas em porções apropriadas para as refeições e aquecidas para um jantar rápido. E se a pessoa pode consumir um pouco mais de calorias, meia xícara de iogurte grego congelado fornece 15% das necessidades diárias de cálcio (cerca de 150 mg de cálcio). “Mesmo que a dieta deixe a mulher vulnerável à perda óssea e as fraturas, se ela tomar as precauções dietéticas que listamos, anteriormente, ela terá um efeito benéfico na