Março Azul Marinho

Você já ouviu falar no câncer colorretal? Apesar de pouco falado, o câncer colorretal é um dos três mais comuns que surgem entre brasileiros, podendo afetar mais de 20.000 homens e mulheres por ano, sendo mais comum em pessoas acima de 50 anos, em média. O câncer colorretal é um tipo de doença que afeta o intestino grosso (cólon) e sua parte final (o reto), apresentando, portanto, sintomas como sangue nas fezes, dores abdominais, entre outros. Entretanto, apesar de não ter uma causa específica, esse tipo de câncer é mais comum em pessoas que consomem bebidas alcoólicas e tabaco, além de ser comum em pessoas de mais idade e que não praticam atividades físicas regulares. Quais são os principais sintomas? Apesar de alguns sintomas serem comuns e poderem indicar diversas outras doenças, alguns merecem ainda mais atenção e podem indicar o início da doença, como: Anemia: Apesar de comum em alguns outros casos, a anemia é uma condição em que a quantidade de hemoglobina dentro das hemácias está alterada, podendo provocar sintomas como fraqueza, cansaço, palidez, entre outros. Inchaço abdominal: O inchaço abdominal está associado à sensação de estufamento no estômago, podendo ser frequente ou não em determinados horários, como à noite ou de manhã. Fezes com formatos diferentes e com a presença de sangue: A presença de sangue nas fezes é uma das condições mais comuns e deve ser vista como sinal de alerta máximo, pois pode indicar problemas no sistema gastrointestinal, podendo até mesmo levar a uma anemia mais severa devido à perda gradual de ferro. Perda de peso: A perda de peso pode estar diretamente associada à doença, especialmente quando não é intencional, ou seja, não é resultado de um esforço consciente. Diarreia e prisão de ventre: A diarreia, apesar de comum em casos de intoxicação alimentar, também merece atenção, principalmente se ocorrer com frequência e em intervalos curtos. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico pode ser feito por meio de exames específicos com especialistas na área, como colonoscopia – que é semelhante à endoscopia e permite identificar anormalidades no intestino. Além disso, o diagnóstico também pode ser realizado por tomografia computadorizada, proporcionando mais conforto para o paciente. É importante ressaltar que os exames preventivos devem ser realizados anualmente, especialmente em pacientes idosos, pois o câncer colorretal pode ser inicialmente assintomático. Conversar com o médico é essencial para que ele possa solicitar os exames necessários e aumentar as chances de cura em caso de resultado positivo para a doença. Quais são os principais tratamentos e prevenções? O tratamento dependerá do estágio da doença e será indicado por gastroenterologistas e oncologistas, que poderão sugerir as melhores opções para cada caso, respeitando as particularidades de cada paciente. O tratamento envolve avaliar a gravidade de cada caso e o comprometimento do intestino grosso. Somente após essa avaliação o especialista poderá indicar as melhores soluções. Como foi criada a campanha do Março Azul Marinho? A campanha do Março Azul Marinho foi criada para conscientizar sobre uma doença que muitas vezes é silenciosa e é descoberta em estágios avançados por pacientes com mais de 50 anos. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer aponta que até 2025 mais de 30% da população poderá ser diagnosticada com a doença em estágios iniciais ou avançados. Falar sobre esses casos é essencial para garantir uma prevenção adequada e aumentar a atenção para essa causa. Lembre-se: uma prevenção bem-sucedida começa com a conscientização.

Cáries são a doença mais comum na infância

cáries

A cárie dentária é a doença crônica mais comum da infância. Na verdade, é uma doença infecciosa. Mães com cáries podem transmitir bactérias bucais produtoras de cáries aos seus bebês quando limpam chupetas colocando-as na própria boca ou quando compartilham colheres. De acordo com Liliana Rozo, professora assistente da Faculdade de Odontologia da Universidade de Louisville, a cárie dentária pode ter um efeito prejudicial sobre a qualidade de vida de uma criança, o desempenho na escola e o  sucesso na vida. A doença pode causar dor, incapacidade de mastigar bem os alimentos, constrangimento devido a dentes descoloridos ou danificados, distração em jogos e dificuldades de aprendizagem. A Academia Americana de Odontologia Pediátrica (AAPD) incentiva os pais a consultarem um dentista assim que o primeiro dente da criança nasce. Consultas regulares com um odontopediatra ajudarão os pais a se familiarizar com as metas de saúde bucal da criança. Esses profissionais informarão os pais sobre dentição, hábitos adequados de higiene oral, desenvolvimento normal da dentição e prevenção de traumas. Aconselhamento nutricional também  fará parte das orientações. se nu “Os pais não fazem a conexão entre saúde bucal e saúde geral, mas elas estão relacionadas. A boca é uma porta aberta para muitas infecções microbianas que podem entrar na corrente sanguínea. A má saúde bucal pode ser um fator de risco para doenças sistêmicas. Manifestações como sangramento ou boca seca podem indicar a presença de uma doença sistêmica ou exacerbar os efeitos de uma doença existente, como diabetes e doenças cardíacas. Portanto, os pais também devem considerar seus próprios cuidados de saúde bucais uma prioridade, a fim de ajudar seus filhos a permanecerem saudáveis”, afirma a dentista do Iredo, Silmara Lanzotti. [/et_pb_text][/et_pb_column] [/et_pb_row] [/et_pb_section]

Lúpus pode “parecer” com distúrbios neurológicos

lúpus

O lúpus e outras doenças reumatológicas podem se apresentar, inicialmente, como distúrbios neurológicos, tais como dores de cabeça e convulsões, e, assim, retardar o seu diagnóstico por muitos meses, defende um artigo publicado na revista Current Neurology and Neuroscience Reports. Além disso, os tratamentos para as doenças reumáticas podem causar efeitos neurológicos adversos, alerta os pesquisadores. As doenças reumatológicas incluem desordens autoimunes e inflamatórias das articulações e dos tecidos moles, tais como lúpus, vasculite sistémica e espondilose anquilosante. “O lúpus pode causar problemas cardíacos que levam a acidentes vasculares cerebrais. Mais da metade dos pacientes com lúpus sofre com dores de cabeça, e um terço sofre com enxaquecas. Cerca de 1,5% relata a ‘dor de cabeça do lúpus’, definida como uma dor de cabeça persistente, grave e intratável que não responde aos medicamentos narcóticos. Cerca de 20% dos pacientes com lúpus apresentam convulsões  e uma outra disfunção cognitiva. Cerca de 20% dos pacientes com lúpus experimentam transtornos de humor. ‘A psicose do lúpus’ pode incluir paranoia e ouvir vozes, o que pode ser confundido com a esquizofrenia”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Pacientes com vasculites sistêmicas podem experimentar distúrbios neurológicos, como dores de cabeça, convulsões e neuropatias ópticas. “Um terço desses pacientes terá prejuízos neurológicos residuais e vai exigir um tratamento a longo prazo para suprimir seu sistema imunológico”, informa o médico. Segundo Lanzotti, “pacientes com espondilite anquilosante  podem sentir dores de cabeça, no cerebelo e no tronco encefálico, além de apresentarem alterações cognitivas, convulsões e neuropatia craniana”, diz. As doenças reumáticas, assim como as síndromes neurológicas, podem representar desafios diagnósticos. Os medicamentos para pacientes com doenças reumáticas incluem drogas imunossupressoras e medicamentos anti-inflamatórios não esteroides. Novos medicamentos têm expandido as opções de tratamento. “No entanto, estes tratamentos também carregam um risco de efeitos adversos neurológicos. Portanto, a familiaridade com manifestações neurológicas nas doenças reumatológicas é fundamental para o diagnóstico e para as consequências potenciais do tratamento  sobre o sistema nervoso”, avisa o reumatologista.

Gota: internações seriam evitáveis?

gota

Um melhor atendimento clínico poderia impedir a maioria dos casos de gota que requerem hospitalização, de acordo com os resultados de pesquisas apresentadas durante o ACR 2014. “A gota é uma doença crônica que envolve inchaço, dor e vermelhidão nas articulações. A doença geralmente ataca as articulações dos tornozelos e dos pés, especialmente do dedão do pé. Ocorre quando o excesso de ácido úrico acumula-se no corpo e os cristais de urato se depositam nas articulações. Isto pode acontecer devido a um aumento na produção de ácido úrico, ou mais frequentemente, quando os rins não conseguem remover o excesso de ácido úrico do corpo”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Para chegar às conclusões apresentadas, os pesquisadores analisaram dados retrospectivos em 56 pacientes internados em num hospital americano com o diagnóstico primário de gota, entre 2009-2013. O objetivo era determinar quantas dessas internações seriam evitadas com melhores intervenções e manejo clínico. A prevenção de hospitalizações por gota também poderia reduzir os custos com os cuidados de saúde. Os pesquisadores definiram uma internação hospitalar como evitável quando o paciente já tinha o diagnóstico primário de poliartrite, e posteriormente era diagnosticado como gota, durante a internação, sem nenhuma outra doença concomitante durante a internação. Eles também analisaram as características demográficas, incluindo o diagnóstico clínico na admissão, história prévia de gota, possíveis fatores de risco para a gota (como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica e uso de diurético, uso de aspirina em baixas doses), medicamentos para  gota, níveis séricos de ácido úrico dentro de um ano antes da internação, tempo de doença reumática, procedimentos cirúrgicos realizados e  custos de hospitalização. Segundo os autores do estudo, na Reumatologia, o paciente recorre muito ao atendimento de emergência, por isso surgiu a hipótese de que muitas destas internações por gota eram desnecessárias. Como o paciente busca muitas vezes a emergência, em vez de ir ao consultório do seu reumatologista, em busca do alívio imediato da dor, isso fazia a internação ser a decisão mais apropriada. “Os autores do estudo defendem que os resultados podem estimular o interesse em um esforço de todo o sistema para criar uma iniciativa de melhores cuidados em relação à gota. É preciso uma abordagem multifacetada para melhor lidar com este problema”, explica o diretor do Iredo. Das 56 internações por gota estudadas, os pesquisadores descobriram que 50 (89%) preencheram a definição do estudo de internação evitável. Os diagnósticos clínicos incluíram 76% artrite séptica, 14% poliartrite inflamatória e 8% celulite. Das 50 internações evitáveis, 33 pacientes foram submetidos à artrocentese, 24 dos quais foram realizados na emergência. Trinta e cinco (70%) dos pacientes tinham história prévia de gota, e 21 (42%) tinham três ou mais fatores de risco para a gota. Dos 35 pacientes com história prévia de gota, 74% eram acompanhados por seu médico de cuidados primários, e 26% estavam sendo acompanhados por um reumatologista. Dos 26 pacientes tratados por médicos de família, oito (31%) faziam terapia de redução de urato e cinco (19%) estavam em profilaxia de colchicina. Havia 23 pacientes cujos níveis séricos de ácido úrico foram registradas no prazo de um ano da sua hospitalização, e 18 (78%) destes pacientes não atingiram a meta de <6 mg / dL. Dos 15 pacientes em tratamento de gota, a longo prazo, 33% eram não-conformes com os seus planos de tratamento. Três pacientes no estudo foram submetidos a procedimentos ortopédicos, incluindo uma amputação do dedo do pé e dois debridamentos artroscópicos, e subsequentemente foram diagnosticados como tendo gota. “Os autores do estudo concluíram que 89% das hospitalizações com diagnóstico primário de gota eram evitáveis. Eles notaram várias lacunas importantes nos cuidados clínicos e observaram que as pessoas com gota incorrem em custos de saúde desnecessários e dispendiosos na sala de emergência, além de despesas de cuidados de admissão evitáveis”, destaca Sergio Lanzotti. [/et_pb_text][/et_pb_column] [/et_pb_row] [/et_pb_section]

Vacinação da gripe: essencial para pacientes com artrite

vacinação da gripe

Uma pesquisa da Universidade de Manchester encontrou um déficit na vacinação da gripe e de doenças pneumocócicas entre aqueles diagnosticados com artrite reumatoide (AR), o que aumenta potencialmente o risco de infecções. A equipe de pesquisadores analisou dados de mais de 15.000 pacientes diagnosticados com a doença que foram tratados com certos tipos de medicamentos imunossupressores e descobriu que um em cada cinco pacientes não recebeu nenhuma vacina contra a  gripe e um em cada dois pacientes não recebeu nenhuma vacina contra a pneumonia, ao longo do período de acompanhamento do estudo, cinco anos. “Doentes com artrite reumatoide têm o dobro do risco normal de infecção, devido a uma variedade de fatores em comparação com o resto da população. As diretrizes recomendam que as vacinas devem ser utilizadas para proteger esses pacientes contra certos tipos de infecções, tais como a gripe e a pneumonia”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). O estudo utilizou informações de registros eletrônicos de pacientes para avaliar a situação vacinal  desse grupo. Os pesquisadores analisaram dados de  15.724 pacientes com diagnóstico de AR entre 2000 e 2013. Os pesquisadores descobriram que aqueles que eram mais jovens, que não  apresentavam outro risco clínico e  que iam menos ao reumatologista  apresentavam  menor probabilidade de serem vacinados. Segundo o diretor do Iredo, “as orientações sobre a vacinação contra influenza e a pneumonia para pacientes com AR não são claras para a maioria dos pacientes. O reumatologista precisa manter um diálogo constante com o paciente sobre o tema. É benéfico para os pacientes com AR que os reumatologistas forneçam conselhos específicos sobre a vacinação para os pacientes, de maneira individual, ou considerem https://www.iredo.com.br/wir/wp-content/uploads/2018/08/saude-ossea-scaled-1.jpgistrar vacinas em suas próprias clínicas”, diz. Lanzotti destaca que o alerta do estudo é relevante: “a infecção é significativa para os pacientes com artrite reumatoide. O estudo ressalta a importância da vacinação para ajudar a prevenir o impacto da gripe e de outras infecções”.

Artrite inflamatória juvenil e diabetes

artrite inflamatória juvenil

Os resultados de um estudo envolvendo mais de 9.000 pacientes, apresentado no EULAR 2016, mostraram que o diabetes tipo 1 ocorre numa frequência significativamente maior em pacientes com artrite inflamatória juvenil (AIJ) do que na população em geral. Uma melhor compreensão desta ligação entre diabetes e AIJ pode levar a novas intervenções preventivas e terapêuticas em ambas as doenças. “A artrite inflamatória juvenil é a doença reumática crônica mais comum da infância, afetando cerca de 20-150 crianças em cada 100.000. Ela é definida como uma inflamação crônica das articulações sinoviais, com causa desconhecida, que pode começar em crianças, mesmo bem novinhas, com um ano de idade, e que persiste por pelo menos seis semanas. A AIJ provoca dor, inchaço e rigidez das articulações, e, por vezes, exantema e febre. Apesar dos avanços no tratamento, a AIJ pode fazer com que muitas crianças fiquem foram da escola e não participem das atividades físicas”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo), que esteve presente ao evento, que aconteceu em Londres, entre 08 e 11 de junho. Nos últimos anos, avanços importantes têm sido feitos na compreensão dos chamados genes de suscetibilidade que contribuem para diferentes doenças autoimunes. Está se tornando claro que, apesar das diferenças clínicas aparentes entre as doenças autoimunes, elas compartilham uma série de fatores de risco genéticos. Crianças e adolescentes com AIJ são, portanto, suscetíveis de desenvolver outras doenças autoimunes. “Há um claro aumento na prevalência de artrite inflamatória juvenil em jovens com diabetes tipo 1 em comparação com a população pediátrica em geral. No entanto, este estudo mostra a correlação inversa:  que o diabetes tipo 1 ocorre mais frequentemente em pacientes com AIJ. O próximo passo é explorar em detalhes os fatores e mecanismos que ligam as duas doenças e confirmar que estes resultados são aplicáveis ​​a outras áreas geográficas, onde diferentes fatores ambientais e genéticos estão em jogo. Ao compreender melhor esta ligação, poderemos ser capazes de desenvolver novas intervenções preventivas e terapêuticas”, diz o diretor do Iredo. O estudo incluiu 9.359 pacientes com AIJ, com idade média de 12 anos, e uma duração média da doença de 4,5 anos, registrados na base de dados pediátricos reumatólogicos alemães, entre 2012 e 2013. O diabetes tipo 1 foi diagnosticado em 50 dessas crianças, o que equivale a uma predominância de diabetes de 0,5%. Em comparação com uma amostra de idade e sexo da população em geral, a prevalência de diabetes em pacientes com AIJ foi significativamente maior, com aproximadamente o dobro da razão de prevalência de diabetes em pacientes com AIJ em relação aos controles (1,92 para as meninas e 2,04 para os meninos). Mais da metade dos pacientes (58%) desenvolveram diabetes antes de AIJ. O aparecimento do diabetes aconteceu, em média, cinco anos antes do início da AIJ. A maioria desses pacientes não tinha recebido qualquer drogas anti-reumática antes do início da sua diabetes. Os pacientes com diabetes tipo 1 não diferiram significativamente no espectro de gravidade da sua AIJ em comparação com aqueles sem diabetes.

TRAPS: Febre Familiar da Hibérnia

traps

A TRAPS é uma doença inflamatória caracterizada por episódios recorrentes de febre com picos febris altos, geralmente com uma duração de duas a três semanas. A febre é normalmente acompanhada por distúrbios gastrointestinais (dor abdominal, vômitos, diarreia), erupção cutânea vermelha e dolorosa, dor muscular e inchaço ao redor dos olhos. Pode ocorrer insuficiência renal na fase tardia da doença. É possível observar casos semelhantes na mesma família. A TRAPS é considerada uma doença rara, mas a sua verdadeira prevalência é atualmente desconhecida. Afeta igualmente indivíduos do sexo masculino e do sexo feminino e o seu início ocorre geralmente durante a infância, embora tenham sido descritos casos em que a doença teve início em adultos. Os primeiros casos foram relatados em doentes de descendência Irlandesa-Escocesa, no entanto, a doença também já foi identificada noutras populações: Franceses, Italianos, judeus Sefarditas e Asquenazes, Armênios, Árabes e Kabylians do Magrebe.  As estações do ano e o clima não demonstraram influenciar a evolução da doença. Causas da doença https://libido-portugal.com/kamagra-100mg-comprar/ A TRAPS deve-se a uma anomalia hereditária de uma proteína (Receptor I do Fator de Necrose Tumoral [TNFRI]), que leva a um aumento da resposta inflamatória aguda normal do doente. O TNFRI é um dos receptores celulares específicos de uma potente molécula inflamatória circulante conhecida como fator de necrose tumoral (TNF). A associação direta entre a alteração da proteína do TNFRI e o estado inflamatório grave recorrente observado na TRAPS ainda não foi totalmente identificada. Infeções, lesões ou estresse psicológico podem desencadear os episódios. Fator hereditário A TRAPS é herdada como uma doença autossômica dominante. Esta forma de hereditariedade significa que a doença é transmitida por um dos progenitores que tem a doença e é portador de uma cópia anormal do gene TNFRI. Todos os indivíduos têm duas cópias de todos os genes. Portanto, o risco de um progenitor afetado transmitir a cópia do gene TNFRI mutante para cada filho é de 50%. Também pode ocorrer uma mutação de novo (nova). Nestes casos, nenhum dos progenitores tem a doença, nem é portador da mutação no gene TNFRI, mas a alteração do gene TNFRI desenvolve-se durante a concepção da criança. Neste caso, o risco de outro filho desenvolver TNFRI é aleatório. Prevenção A TRAPS é uma doença hereditária. Uma pessoa que seja portadora da mutação pode ou não apresentar os sintomas clínicos. Atualmente, a doença não pode ser prevenida. A TRAPS não é uma doença infeciosa. Apenas os indivíduos geneticamente afetados podem desenvolver a doença. Sintomas Os principais sintomas são episódios recorrentes de febre que normalmente duram duas ou três semanas, mas por vezes, de maior ou menor duração. Estes episódios estão associados a calafrios e dor muscular intensa, envolvendo o tronco e os membros superiores. A erupção cutânea típica é vermelha e dolorosa, resultante da inflamação subjacente na área da pele e do músculo. A maioria dos doentes sente uma profunda dor muscular tipo cólica no início dos ataques, a qual aumenta gradualmente de intensidade e começa a migrar para outras partes dos membros, seguida pelo aparecimento de uma erupção cutânea. Dores abdominais difusas com náuseas e vômitos são comuns. Inflamação da membrana que cobre a parte da frente do olho (conjuntiva) ou inchaço ao redor dos olhos são características da TRAPS, embora estes sintomas possam ser observados noutras doenças. Dor torácica devido à inflamação da pleura (a membrana ao redor dos pulmões) ou do pericárdio (a membrana ao redor do coração) também é relatada. Alguns doentes, especialmente na idade adulta, têm uma evolução flutuante e subcrônica da doença, caracterizada por episódios de dor abdominal, dores articulares e musculares, manifestações oculares, com ou sem febre, e uma elevação persistente dos parâmetros laboratoriais de inflamação. A amiloidose é a complicação mais grave e de longo prazo da TRAPS, ocorrendo em 14% dos doentes. A amiloidose deve-se à deposição no tecido de uma molécula circulante produzida durante a inflamação, denominada r amiloide A sérica. A deposição de amiloide A nos rins leva à perda de uma grande quantidade de proteínas na urina e progride para insuficiência renal.  A apresentação da TRAPS varia doente para doente, em termos da duração de cada episódio e da duração dos períodos assintomáticos. A combinação dos principais sintomas também é variável. Estas diferenças podem ser explicadas em parte por fatores genéticos. Diagnóstico O reumatologista  irá suspeitar de TRAPS com base nos sintomas clínicos identificados e por meio de  um exame físico e do histórico médico familiar. Várias análises sanguíneas são úteis para detectar a inflamação durante as crises. O diagnóstico é confirmado apenas por análises genéticas, apresentando evidência de mutações. Os diagnósticos diferenciais são outras doenças que apresentam febre recorrente, incluindo infeções, neoplasias e outras doenças inflamatórias crónicas tais como Febre Mediterrânica Familiar (FMF) e Deficiência de Mevalonato Quinase (MKD).  Os testes laboratoriais são importantes para o diagnóstico da TRAPS. Análises sanguíneas, tais como a velocidade de sedimentação eritrocitária (VHS), PCR, proteína amiloide A sérica (AAS), hemograma completo e fibrinogênio são importantes durante uma crise para poder avaliar o grau de inflamação. Estas análises são repetidas após a criança ficar assintomática para avaliar se os resultados voltaram ao normal ou se estão próximos. É também testada uma amostra de urina para avaliar a presença de proteínas e glóbulos vermelhos. Podem existir alterações temporárias durante as crises. Os doentes com amiloidose terão níveis persistentes de proteína nas análises à urina.  A análise molecular do gene TNFRI é realizada em laboratórios de genética especializados. Tratamento Até esta data, não existe nenhum tratamento para prevenir ou curar a doença. Os anti-inflamatórios não-esteroides ( como o ibuprofeno, naproxeno ou indometacina) ajudam a aliviar os sintomas. Doses elevadas de corticosteroides são muitas vezes eficazes, mas a sua utilização prolongada pode provocar efeitos secundários graves. O bloqueio específico da citoquina inflamatória TNF com a forma solúvel do receptor do TNF demonstrou ser um tratamento eficaz em alguns doentes para prevenção dos episódios de febre. Por outro lado, a utilização de anticorpos monoclonais contra o TNF está associada a uma exacerbação da doença. Recentemente, foi relatada uma boa resposta a um medicamento que bloqueia outra citoquina

Biológicos protegem contra a perda óssea

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Uma  revisão do Grupo de Trabalho sobre Inflamação Crônica e Estrutura Óssea da International Osteoporosis Foundation (IOF) concluiu que o tratamento precoce e agressivo da artrite reumatoide (AR) com fármacos biológicos, especificamente medicamentos antirreumáticos modificadores da doença biológica, podem ser eficazes na interrupção da perda óssea progressiva dos pacientes com AR. “A perda óssea é um dos efeitos mais prejudiciais induzidos pela inflamação crônica, bem como pelos medicamentos tomados para tratar a artrite reumatoide, como os glicocorticoides. Por isso é importante uma melhor compreensão sobre os medicamentos usados ​​para tratar pacientes com inflamações crônicas que tenham menos probabilidades de impactar negativamente a saúde óssea”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). A perda óssea progressiva da AR tem várias causas. O desenvolvimento da inflamação crônica tem impactos sobre o sistema imunológico e isso leva a sinais e sintomas que podem aumentar a perda óssea. “Anorexia, desnutrição, perda muscular, caquexia e depressão estão direta ou indiretamente relacionadas à inflamação crônica. A diminuição da capacidade funcional e a falta de exercícios associada à dor e às deformidades articulares contribuem ainda mais para a perda óssea progressiva”, destaca o reumatologista. O uso de corticosteroides, durante o tratamento  da AR, mesmo em pequenas doses de prednisona de 5mg / dia ou o equivalente, por mais de 3 meses, está associado à perda óssea rápida e persistente. Um estudo mostrou que o tratamento contínuo com prednisona a 10 mg / dia, durante 90 dias ou mais, aumentou o risco de fraturas vertebrais em 17 vezes e fraturas de quadril em 7 vezes. O Grupo de Trabalho concluiu que: “Embora vários estudos relatem ações favoráveis ​​de terapias biológicas sobre a proteção óssea, é claro que ainda há necessidade de mais estudos, pesquisas e aprofundamento sobre o risco de fraturas ósseas em pacientes com AR. Os autores do estudo, recomendam, apropriadamente que todos os médicos que tratem a AR permaneçam atentos ao alto risco de perda óssea e fraturas em seus pacientes. Para muitos desses pacientes de alto risco é importante que o tratamento da osteoporose seja feito, concomitantemente, para reduzir o risco de fratura”, destaca Sergio Lanzotti.

Artrite reumatoide x exercícios físicos

artrite

Pessoas que são fisicamente ativas são mais saudáveis, mais felizes e vivem mais do que aquelas que são sedentárias. “E isso é especialmente verdade para as pessoas com artrite, apesar da doença ser apontada como a causa mais comum para a inatividade e a ausência de atividades recreativas”, diz o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo). Pacientes com artrite costumam evitar os exercícios físicos por uma série de razões. “Alguns pacientes evitam as atividades físicas devido ao medo da dor articular ou de ferimentos; outros evitam os exercícios pelas mesmas razões dos que não têm artrite: relutância em mudar o estilo de vida”, explica o médico. O sedentarismo, além de agravar os problemas relacionados com a artrite, pode resultar em uma série de outros riscos à saúde, incluindo o diabetes tipo II e as doenças cardiovasculares. “A diminuição da tolerância à dor, a fraqueza muscular, a rigidez articular e a falta de equilíbrio, comum a muitas formas de artrite, podem ser agravadas pela falta de exercícios físicos”, destaca Sérgio Lanzotti. nächster Para as pessoas com artrite, o exercício é parte importante do tratamento, uma vez que, juntamente com a manutenção do peso saudável, a prática pode ajudar a aliviar as dores da doença reumática. “Não é necessário treinar como um triatleta para experimentar os benefícios do exercício físico. Iniciar os exercícios lentamente, com intensidade reduzida, irá permitir que o paciente adote com mais facilidade um plano de exercícios bem-sucedido, que irá beneficiar a sua artrite e a sua saúde geral”, observa o diretor do Iredo. Benefícios para o paciente reumático Cada tipo de exercício tem um efeito positivo na redução da dor associada à artrite e às outras doenças reumáticas. Conheça alguns destes benefícios: · Mais flexibilidade: os exercícios ajudam a manter ou a melhorar a flexibilidade das articulações e dos músculos adjacentes afetados pela doença. Os benefícios incluem uma melhor postura, redução do risco de lesões e melhora da função. Exercícios de flexibilidade devem ser realizados de cinco a 10 vezes por dia, enquanto os exercícios de alongamento devem ser realizados, pelo menos, três dias por semana; · Reforço da musculatura: os exercícios de fortalecimento são projetados para trabalhar os músculos. Músculos fortes melhoram sua função e ajudam a reduzir a perda óssea relacionada à inatividade. Para as pessoas com artrite, um conjunto de exercícios para os principais grupos musculares é recomendável pelo menos 2-3 vezes por semana. “A resistência ou o peso deve desafiar os músculos, sem aumentar a dor nas articulações”, observa o reumatologista; · Melhora da capacidade aeróbica: exercícios aeróbicos incluem atividades que usam os grandes músculos do corpo de uma maneira repetitiva e rítmica. O exercício aeróbico fortalece o coração e o pulmão. Para as pessoas com artrite, este tipo de exercício agrega outros benefícios, tais como controle de peso, melhora do humor, do sono e da saúde em geral. Formas seguras de realizar exercícios aeróbicos incluem caminhada, dança aeróbica, hidroginástica, ciclismo ou exercícios em equipamentos como bicicletas ergométricas e esteiras. “As recomendações atuais para atividade aeróbica são 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana, de preferência, distribuídos por vários dias na semana”, orienta Sérgio Lanzotti; · Consciência corporal: exercícios de consciência corporal abrangem atividades para melhorar a postura, o equilíbrio, o senso de posição articular, a coordenação e o relaxamento. “Tai chi e yoga são exemplos de exercícios recreativos que incorporam elementos da consciência corporal e podem ser muito úteis para pacientes artríticos”, diz o médico. FONTE: IAOL